segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pilot


Era uma vez uma cidade na qual quem mandava e desmandava nela era um coronel. Para não sofrer perseguição alguma de seus capangas, vou mudar o nome da cidade, para Lugar-Nenhum, e o coronel será chamado de Onifoles Pacheco.
O coronel era tão bom, mas tão bom; que quem votava nele recebia uma série de benefícios, como: pagava enterro pago, remédios, milheiro de tijolo, dentaduras, sapatos, até surra ele mandava dá! Ainda contam que quando tinham casamentos, e o noivo pedia para que ele ajudasse na casa, ele ajudava; porém a primeira noite com a noiva era com o Coronel. Mas como ele conseguiu tanto poder?
“Oxente!” Ele é dono de terra e o povo morre de medo dos capangas dele.
Em dia de eleição no interior, parece mais dia de festa! Fofocas, ruas sujas de panfletos, e claro o povo sempre repetindo a frase do coronel, “feio na política, não é roubar ou matar, é perder”, já sabendo a população que terá banho de sangue, caso ele perca.
-Odeio este coronel! -retorquiu Mônica. –
-Claro, Mônica, ele faz de Lugar-Nenhum o seu reino! Você já soube da última?
- Da qual Eduardo? Que ele deu somente a parte de cima da dentadura de Dona Glória, e a parte de baixo ela somente ganhará depois que o resultado sair?
- Isso já é antigo! Os seus capangas interceptaram os ônibus no qual vinham os eleitores de seu Prudente Oliveira, e ameaçaram por fogo caso alguém venha pra cidade! E até agora não chegou ninguém dos engenhos!
- Isso é um absurdo! Esse monstro Barba-Azul – disse Mônica com raiva. - Me contaram que no curral da sua fazenda, ele estava dando lanche e fazendo festa! Quero tanto que Prudente vença!
Os jovens de longe observaram um senhor distinto, com roupas finas e brancas, usando botas; e vinha acompanhado por dois vaqueiros. Era o Coronel.
-Vocês já sabem em quem votar crianças?
-Queremos uma pessoa que diminua a desigualdade social, ofereça escolas e saúde digna!-exclamou Eduardo. –
-Não votamos em pessoas com um passado igual a um papel amassado!-bravejou Mônica. -
-Crianças, aprendam uma coisa: A política não é feita nas mesas do Congresso, e sim nos currais das fazendas, principalmente da minha!
Dizendo isso foi embora, seguido por seus capangas, e mais atrás uma multidão de miseráveis que precisavam de alguma coisa dele. Eduardo e Mônica observaram aquilo e não queriam que ele fosse o prefeito eleito.

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